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terça-feira, 28 de julho de 2015

Corpos de Mármore
Revestidos de carne
Sem Proteção!

Lábios pesados
Pés amarrados
Mão pelo chão!

Olhos sem chamas
Ouvidos sem música
Flores no chão!


Ataúde com rodas
Adornados com pedras
Esperam por elas na escuridão!


Cinzas Frias


Corpos celestes
Revestidos de espirito
Com Proteção!

Lábios suaves
Pés distendidos
Espada na mão!

Olhos acesos
Ouvidos atentos
Sementes no chão!


O penhor dessas almas
É o berço de Cristo
> Na imensidão!

Despertar
Liane Monteiro
Natal, 14 de agosto de 1991.
Eu vi mas não tinha olhado...
Naquele espaço havia três janelas iguais;
Sendo diferentes...
Um corpo inteiro segurava três janelas:
Duas abertas diferentemente;
E uma fechada que abriu-se mais que as outras.



A primeira janela estava quebrada
Apoiando-se sobre a parede daquele corpo,
E ainda assim revelava-me o que estava na frente
E apenas sombreava o que poderia estar atrás.



A segunda janela não estava quebrada,
E semelhantemente a outra, mostrava-me as coisas
Que estavam na frente;
Mas escondia-me as costas!
Não dava-me nem sombra para procurar.



A terceira janela não mostrava-me nada;
Mas não fazia-me duvidar...
Ela era a única que não dividia os dois lados.



Um quarto aberto numa
janela fechada
Liane
Natal, 02 de julho de 1991
18:45 Min

segunda-feira, 5 de maio de 2014

20 de Março de 1994

Hoje guardo a certeza
A poesia não está no baú
Ela não está presa...
Apenas livre de mim

Está solta por ai...
Cheia de liberdade
Sem lugar comum
Me enchendo de futura saudade

O pássaro preso em seus grilhões
Sonhava com a liberdade
E cantava, e chorava, e amava...
Coração livre e asas presas

Queimou-se o canto triste
Desataram-se as suas asas
Fênix virou cinzas
Conheceu a liberdade

Hoje guardo a certeza
A poesia não está no baú
Fênix não está preso
Estou apenas livre de mim.

Eternamente

Liane, 25/03/94

...e quem não respira não morre contigo.
Vive ao teu lado, mas não vê a tua mão.

A você que morreu e viveu com fênix
O meu amor... Eternamente Liane.

domingo, 6 de abril de 2014



Eu vi uma floresta
Onde o solo comia pedras
Eructando árvores enrijecidas e escamosas
Seus galhos secos eram alfanjes
Seus frutos eram tijolos

As casas inópias de pão
Pregoavam caridade franzindo as duas portas
Lobos vorazes fomentavam a pele com a própria língua
Depois de lavarem as bocas com a carne dos pardais

Vi uma epígrafe com a seguinte mensagem:
“São os campos áridos que mais precisam de flores”.
Havia uma menina ditosa que trabalhava os seus sonhos
E como um real sonhador guardava o relógio nas costas

Ela era Poesia
E no seu jardim acadêmico
Vivificou os seus brinquedos
Falou a linguagem dos sentimentos

A menina abriu um suntuoso baú
Dele retirou um piano
Enternecendo a Floresta no final da noite
Os brutos dormiam sob pedras...
E eu pude testemunhar próxima a um regato
O silencio do Uirapuru
Para ouvir aquela menina destilar sua canção

Tenacidade

Para Alba com amor

Natal, 23 de Julho de 1991
Liane Monteiro

sexta-feira, 16 de março de 2012

Abril. 04.1991

Sozinha,
E de sentimentos farta
Na claridade da noite reticente e calma
Recolhida ao silêncio do seu quarto
Ela converse talvez com a própria
Alma
Dos amigos recebe carinho com maestria
Pois os acalenta com os olhos
Úmidos de emoção

Para Alba com carinho
Liane
Eu falei da realidade com flores
Muitos duvidaram
Eu mostrei a beleza que assusta
Poucos perceberam
Eu ofereci o meu vazio
Alguns souberam escrever
Eu sorri a metade de um sorriso por inteiro
E escutei risos afogados
Eu fechei o guarda-chuva para não me proteger
Fui para casa
Sentei à escrivaninha
E li no papel em branco:
“Palavras são apenas para os que estão comprometidos!”

Partições de um poema de Vida
Fênix –Liane Monteiro * Natal,15.07.91

terça-feira, 25 de maio de 2010

Eu desenhei um sorriso por inteiro
E não pude moldar em um quadro
Eu estendi a mão
E não trouxe tudo o que queria
Eu falei
E não me entendi primeiro
E quando eu arrumava as malas
Me surpreendi chegando
Trazia eu pincel entre as mãos
Tinta nos olhos
E um silencio audível no coração
Assim
Eu parti sem malas
Levando o guarda roupa inteiro
E um quadro bem matizado na moldura da minha casa.

Densidão – 05.02.91
Liane Monteiro